Ruth Ginsburg não desapareceu, porque estas pessoas nunca desaparecem. Permanecem vivas para sempre nas nossas memórias na medida em que tocaram as vidas de tantos ao longo das suas vidas.
A Fórmula da Felicidade
por Marta Garcia
Foi por esta Senhora, pequena em tamanho, mas enorme em tudo o resto, que apareceu o movimento- RBG. Uma Senhora incrível, a Advogada dos direitos das mulheres no seu tempo e que sonhava com uma sociedade em que seria inexistente a diferença funcional entre homens e mulheres na sociedade. Que lutou para que não houvesse trabalhos “de homens” por oposição a trabalhos “de mulheres”.
Assumiu cargos em que defendeu proteções institucionais contra a discriminação de género, mas curiosamente, grande parte dos seus clientes eram homens. O que acima de tudo prova a sua intuição e inteligência emocional perante a sua missão de vida.
Agitou sociedades que na altura estavam absolutamente fechadas à questão da igualdade de género, e estará sempre connosco, ao nosso lado enquanto esta igualdade teimar em não existir. Acrescento ainda que há um longo caminho a percorrer.
De acordo com o Boletim Estatístico (Agosto2020) do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, em Abril de 2019, o ganho médio mensal dos homens em Portugal era de € 1301,00, enquanto o ganho médio mensal das mulheres era de € 1.055,40, o que traduz ainda uma diferença significativa de quase 19%.A nível mundial, as Nações Unidas apresentam-nos um número ainda mais desequilibrado de 23% de diferença.
Sendo que o sentimento de justiça e de equilíbrio entre a componente pessoal e profissional, está intimamente ligado com o nosso bem estar e felicidade, destaco por um lado o trabalho de Ruth Ginsburg e do movimento RBG e por outro, o longo caminho que temos ainda todos que percorrer.
Creio que temos todos um papel fundamental neste caminho, através da educação dos nossos filhos. Eles serão as próximas gerações. Para eles esta desigualdade já não faz qualquer sentido, assim como a discriminação de alguém por qualquer outro motivo como a raça, preferências sexuais ou religião, entre outros…
Mas cabe-nos a nós continuar esta educação. Em casa e nas escolas. Trabalhar a igualdade de oportunidades e a justiça nunca é perda de tempo. Eduquemos mais para humanizar e teremos sem qualquer dúvida uma sociedade melhor para lutar contra esta e muitas outras causas.
Marta Garcia
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