Podemos passar uma vida com a ilusão de algo, sem a realmente ver na sua essência.
E isto aplica-se a muita coisa… A nós, às pessoas, às vivencias … ao mundo.
Ilusão ou desilusão?
Curioso como na essência, a ilusão é um erro da nossa perceção. No entanto colocamos maioritariamente enfâse no externo, como se aquela outra pessoa ou situação, fosse o erro em si.
Mas se tudo o que experienciamos nesta vida é uma perceção nossa, a ilusão não será somente da nossa responsabilidade?
Será que não era exatamente aquilo que precisávamos de viver e como tal, atraímos?
Suposições que não desvalorizam o lado que se sente mesmo apanhado na onda do engano. Aquilo que contem o difícil ponto de viragem da ilusão para a desilusão.
Irónico que a palavra desilusão na sua essência remete para a verdade.
Do escuro à luz, mesmo que a luz por um tempo, arda nos olhos…
A desilusão sendo das coisas que mais sofrimento emana, é também, mais próxima da verdade…
E não será que a verdade é algo que de mais valioso temos?
Mesmo que por vezes insuportavelmente difícil …
A vida por vezes faz- nos este convite a dar um pouco de espaço,a acolher, e até agradecer a desilusão.
Abraçando-a na sua dor que é transformadora por natureza, abraçando-a por aquilo que é.
A verdade.
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