Cumprimenta-te ao espelho
Se nos perguntassem como nos descreveríamos, o que será que diríamos?
Todos estes diferentes lados que vivem em nós e que lutam pelo seu próprio protagonismo.
Desde aquelas personagens mais sombrias às mais alegres. E ainda dentro destas personagens os quantos mundos existentes.
Desde o ar regenerado ao totalmente destroçado.
Se nos descrevemos como sendo todos estes lados, afinal qual seriamos mesmo?
Seriamos aquela raiva que surge como uma onda de inverno? Ou aquela tristeza que dura? Seriamos a gargalhada de cabeça erguida ou o medo que achámos não sobreviver? O cansaço ao final do dia? Ou o aborrecimento da espera?
Ou será que seriamos a ansiedade de tudo isto …
E se não fossemos nada disso?
Se para variar pudéssemos “só”, ser o espaço onde tudo isto emerge – a casa e não aquilo que a compõe.
Não o que vemos ao espelho mas a presença necessária para realmente nos vermos.
Podendo parar para olhar. Podendo parar para sentir, contactando.
Contactando com como estamos antes de toda a ideia de como gostaríamos de estar, daquilo que gostaríamos de ver ou ser.
Antes do julgamento que isso inclui, há “só”, um espaço.
Poderíamos ser esse espaço?
Mesmo que só por uns instantes.
Poderíamos?
by Hannah Thantrey in M de Mindfulness @ M magazine
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