por Sandra Pimenta
Na vida!
Morre lentamente quem não vira a mesa
quando está infeliz no trabalho, quem não
arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás
de um sonho…
Evitemos a morte em suaves porções,
recordando sempre que estar vivo exige
um esforço muito maior que o simples ar
que respiramos.
Somente com infinita paciência
conseguiremos a verdadeira felicidade.
Excerto de “Na vida”, de Pablo Neruda
Neste maravilhoso poema de Neruda, sentimos a verdade das palavras na nossa pele, e pensamos que poderíamos ter sido nós a escrevê-las.
A decisão de virar a mesa, soa a novo plano de vida, reestruturação e coerência nossa, mas sente-se como um risco enorme, próprio dos heróis e heroínas dos filmes das nossas vidas e da nossa imaginação.
Apesar do turbilhão de emoções sentidas diariamente, quando as incertezas estão à flor da pele, e das vibrantes emoções fortes que nos arrebatam o sorriso rasgado e o coração em ritmo taquicardíaco nos momentos de glória, ficamos com várias certezas:
A felicidade é um efeito secundário e não o resultado de uma busca direta.
Mas não estará na felicidade sempre implícita uma questão de perspetiva e envolta em dualidades: o amor e o ódio, a vida e a morte, o dia e a noite, o verão e o inverno, a abundância e a escassez…
Será talvez melhor, enfrentarmos os momentos menos bons com a certeza que no dia seguinte o sol brilhará e todas as inseguranças ficarão mais ténues.
O positivismo é o grande aliado da dinâmica e da esperança, dos grandes objetivos, e do foco.
Ajuda se pensarmos com o registo das campanhas de publicidade da Benetton na década de 1990 … Não importa de onde vimos, não importa quem somos, não importa em quem acreditamos, não importa a nacionalidade nem a cor da sua pele, não importa para onde vamos, desde que caminhemos unidos.
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