Considero a Raiva uma das emoções mais perigosas e das mais poderosas. Vivemos tempos de grandes incertezas, muita informação contrária e manipuladora, tempos estranhos que estão a disputar no ser humano uma revolta interior e muita confusão.
Acredito e sei que muitos não sabem lidar com tanta “mudança”, imposição, cortes na nossa “liberdade”, gerados por esta pandemia, possibilitando as decisões baseadas no MEDO de perder ainda mais. Estão a negligenciar o fim de um ciclo ou o princípio de um novo, pois não respeitam a ordem natural das coisas: Nada é para sempre.
Hotelaria e Coaching
por Ana Beatriz
Crescemos sem olhar para dentro e sem saber lidar com as emoções mais fortes, retraindo-as e acumulando-as, sendo certo que mais cedo ou mais tarde serão reveladas nos seus comportamentos e nas suas relações. Se for um líder, acredite, devastará uma equipa, uma empresa, uma instituição.
Muito cedo percebi que a raiva era um sentimento muito poderoso. Como todos tive ao longo da minha vida situações pessoais e profissionais profundamente injustas e que me abalaram muito. Acumulei principalmente as raivas pessoais, mas consegui com que estas “raivas” fossem um combustível maravilhoso para alcançar os meus propósitos de vida e de acima de tudo “não fazer aos outros aquilo que não gostei ou não gosto que façam a mim”. Perdoei tudo e todos por mim.
Estamos todos a viver um momento surreal, mas ao mesmo tempo uma oportunidade única de mudar de vida, de viver com presença a cada dia, de olhar para o que realmente importa e estar gratos ao que já temos, que é muito.
Esta pandemia consolidou à vista de todos uma das minhas afirmações: O luxo é tudo o que o dinheiro não paga: tempo, bem-estar físico e mental, amor, saúde, alimentar-nos do que produzimos na nossa horta.
Deixo a sugestão a todos os leitores, para que um dia na semana desliguem tudo o que vos conecte ao exterior e passem um dia na natureza, no mar ou outro local que vos agrade plenamente. Aprendam a VIVER novamente pois até ao dia 1 de janeiro 2020 muitos de vós eram autênticos “robots” que esta sociedade de consumo e materialismo alimentou.
Ana Beatriz
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