Talvez a comunicação nunca tenha sido tão valorizada como nos dias que correm. Infelizmente, foi preciso uma desgraça para fazer emergir a sua importância. Adoraria estar a falar em vão, mas não estou! Venham e pensem comigo…
A mobilização de todos os setores de uma organização, seja ela governamental, empresarial ou social, colocou à prova a eficácia da comunicação interna, externa e de crise. Ou seja, a ativação de planos de contingência por força da pandemia, fez emergir a consciência de que a comunicação é essencial, senão a base de tudo. E, quanto mais integrada, melhor!
Comunicação e Marketing
por Paula Ribeiro
Se não havia consciência que responsabilidade e transparência são dois requisitos essenciais numa estratégia de comunicação, tenhamos como exemplo a estratégia que o governo da China adotou no início da pandemia: abafar e manter sigilo das consequências do vírus. O que é que conseguiu com isso? A resposta é simples. Conseguiu manchar a reputação do seu país a nível mundial.
Mas, há mais…
Da omissão à mentira – fake news e conteúdos mentirosos – poderiam ser um fenómeno se já não o fossem!
Mas todo este flagelo de fake news que proliferaram (e ainda proliferam) pelas redes sociais e canais digitais transformou, curiosamente, a comunicação tradicional! Os meios de comunicação tradicionais, nomeadamente as televisões, funcionam como crivos de informação e, se o estiverem a fazer com a seriedade que o assunto merece, só reforçam a sua credibilidade e reputação.
O trabalho migrou para a casa dos trabalhadores e com isso emergem novas ferramentas virtuais de comunicação. O cruzamento de trabalho com a vida familiar impõe novos desafios e, com isso, novos comportamentos de consumo. Há que estudar!
O confinamento levou as pessoas para a Internet e para as redes sociais. A difusão de imagem em direto passou a integrar o nosso dia-a-dia e hoje todos estamos mais amigos dos ecrãs, independentemente da sua dimensão.
Figuras anónimas deixaram de o ser através dos seus testemunhos e reações à pandemia e os famosos são cada vez mais comuns e mais parecidos connosco!
Os tempos ainda são novos e é difícil fazer previsões. Mas, há certezas que já vieram para ficar. A primeira de todas é que a comunicação é determinante nas organizações e a segunda é a certeza de que a comunicação digital se impõe e deve ser devidamente integrada.
As empresas precisam de estar online e o significado disso começa em ter um sítio na Internet e desenvolver uma política de conteúdos profissionalizada. Diz o Pordata que, em 2019, em Portugal, eram apenas 39,3% as empresas com presença na Internet.
E hoje, quantas serão? Esta seria a pergunta imediatamente a seguir. Mas, não! Mais importante que a pergunta quantitativa é a pergunta qualitativa. Quantas são, em Portugal, as empresas com presença relevante e profícua online? Esta é que é a grande questão. A que verdadeiramente exige uma profunda reflexão!
Um grande abraço e até breve!
Head of marketing and communication at bloom up | Content marketing strategist | Trainer | Consultant
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