A ONU assinala o dia Internacional da Juventude a 12 de agosto. No ano passado, Lisboa foi palco da 2ª Conferência Mundial de Ministras/os responsáveis pela Juventude e do Fórum da Juventude Lisboa+21, e da qual resultou a Declaração Lisboa +21, baseada no Programa de Ação Mundial para a Juventude e na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Um ano depois, a ONU Mulheres alerta que um/a em cada seis jovens deixou de trabalhar desde a pandemia, sendo as mulheres jovens as mais afetadas devido à sobre representação na economia informal e em trabalhos com menos proteção laboral e social. Sabe-se, pela passada crise financeira e social de 2008-2012, que as jovens são particularmente afetadas pela crise, sendo muitas empurradas para situações de grande vulnerabilidade e exploração, nomeadamente no sistema de prostituição, no qual a idade média de entrada a nível mundial é de, apenas, 14 anos.
Felizmente, há cada vez mais jovens críticas/os de uma cultura que parece aceitar a exploração sexual e a dominação masculina através da globalização da “indústria do sexo”. São ativistas que se mobilizam por alternativas feministas, pela responsabilização dos agressores e exploradores no sistema da prostituição e pela desconstrução de estereótipos de género. Leiam o que dizem aqui.
Ana Sofia Fernandes
Presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres
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