CONCLUSÕES DO MAIOR ESTUDO SOBRE FELICIDADE FEITO ATÉ HOJE
Hoje, gostaria de Vos trazer as conclusões do maior e melhor estudo sobre felicidade feito até agora.
Este estudo começou em 1938 com jovens de dois grupos distintos: um de alunos do segundo ano da universidade de Harvard e outro de rapazes de um dos bairros mais pobres e marginais de Boston. O objetivo deste estudo era perceber o que os fazia felizes. A ideia era estudar a vida destas pessoas desde jovens até à idade em que se tornariam adultos. Durante 75 anos os investigadores fizeram perguntas sobre a sua vida familiar, saúde e trabalho, realizaram exames complexos (análises, historial clínico) e acompanharam literalmente a sua vida, na medida em que muitas das entrevistas eram feitas nas suas casas e com a ajuda das suas famílias. Ainda hoje (em 2020) participam desta experiência cerca de 60 dos 724 homens que a iniciaram (a maioria tem mais de 90 anos). Neste momento o estudo recai sobre os mais de 2000 filhos que estas pessoas tiveram, pela mão da quarta e quinta geração de investigadores.
O que me interessa aqui é partilhar convosco três das principais conclusões que surpreenderam os próprios investigadores.
Basicamente todas resumem-se ao facto de o que torna mais felizes as pessoas são as boas relações.
Não há correlação nem com a riqueza, nem com o sucesso profissional, nem com a saúde (pasmem-se! pelo menos de forma direta), nem com aspetos fisiológicos. A conclusão é inequívoca: os bons relacionamentos tornam-nos mais felizes e mais saudáveis!
As três principais conclusões foram as seguintes:
- As ligações sociais trazem-nos vantagens e a solidão está ligada à infelicidade e a estados de saúde mais debilitados na meia idade; as pessoas mais próximas com a família, amigos e comunidade são mais felizes, mais saudáveis e por consequência vivem durante mais anos;
- O que é importante é a qualidade dos relacionamentos ao invés da quantidade. E quanto mais próximos estes relacionamentos, maior é a importância da qualidade dos mesmos. Relacionamentos livres de conflitos sérios, com afeto e proteção são o que efetivamente interessam e fazem a diferença na felicidade das pessoas. Os indivíduos que aos 50 anos se sentiam mais satisfeitos com os seus relacionamentos foram os que apresentaram menos problemas de saúde aos 80 anos.
- Os bons relacionamentos não só são protetores do corpo como do cérebro. Este estudo demonstrou que ter relações de segurança, de afeto e por isso protetoras, ajudava inclusivamente na qualidade da nossa memória. As pessoas que não sentem que têm relacionamentos onde podem contar com o outro perdem a sua memória mais cedo.
Há quem diga que podemos definir este nosso círculo de relações de confiança se nos fizermos a seguinte pergunta: será que, se me sentir triste ou em algum tipo de aperto, lhe posso ligar às 3h da manhã? Se a resposta for sim, então essa pessoa faz parte do nosso grupo de relacionamentos confiáveis, saudáveis e que devemos manter.
Mas para manter uma relação de amizade é preciso cultivá-la, partilhar momentos, emoções, confidências, experiências, sorrisos e até choros. Desprovidos de qualquer hierarquia, com toda a igualdade que uma amizade merece. Se damos, temos que receber, se recebemos teremos que dar. Não há amizades, assim como no amor, desequilibradas. Essas não irão proteger-nos a longo prazo. Procuremos então ter relacionamentos mais vitaminas e menos tóxicos. Só nos fazem bem. Muitas vezes porque nos sentimos cansados, porque não gostamos de sair do nosso espaço de conforto, porque está frio ou porque simplesmente nos apetece enfiar na cama e dormir, deixamos oportunidades para trás. Às vezes, não vou negar, é mesmo preciso fazer um esforço, mas depois quando o fazemos para ter uma boa conversa, uma boa refeição com amigos ou um bom vinho, sabe-nos pela vida. Nada de nos isolarmos a ver séries de rajada. Como costumo dizer em tom de graça: dancemos enquanto temos pernas e sorriamos enquanto temos dentes!
Neste momento não!!! Mas quando terminar esta chatice do CoronaVirus venham os abraços😊
by Marta Garcia
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